A Música Que Vibra Com a Alma do Povo
Há sons que não se ouvem apenas — sentem-se. O acordeão é desses sons: quando ele ecoa no ar, ele não apenas embala a dança dos pés, mas também a dança do coração.
É impossível ouvir o fole a abrir e fechar sem que um sorriso nasça espontaneamente, sem que a alma se aqueça num abraço invisível de nostalgia, alegria e festa.
O acordeão é muito mais do que um instrumento. É uma memória viva do nosso povo, das nossas raízes, das nossas tradições.
É ele que puxa pelas pernas cansadas para mais uma dança. É ele que faz o avô recordar os bailes antigos e a avó suspirar por um amor de juventude.
É ele que une gerações, que enche as praças, que transforma uma rua simples num palco iluminado de emoções.
Quando o acordeão canta, a saudade dança, o riso explode, os olhos brilham.
É nas suas teclas e botões que cabem as histórias dos nossos antepassados, as alegrias das festas populares, os sonhos murmurados entre uma volta de dança e outra.
Cada nota é uma homenagem a quem vive a vida com paixão, simplicidade e gratidão.
Numa era em que a velocidade tenta engolir a alma das coisas, o som do acordeão é um convite a parar, a sentir, a viver. A lembrar que a felicidade está nas coisas mais simples: num par de mãos que se tocam ao som de uma música antiga, num pé descalço a bater no chão de terra batida, num sorriso aberto partilhado com quem nem conhecemos, mas que parece da família.
Por isso, hoje e sempre, rendemo-nos ao poder do acordeão.
Ele é mais do que som.
Ele é coração.
Ele é festa.
Ele é Portugal.
Acordeão, meu companheiro — que nunca nos faltes! Que continues a tocar a nossa vida com essa magia que só tu sabes criar!
Acordeão, Meu Companheiro - A Rainha do Pimba


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