Diogo “Zero” Martins

 


Nome:

Diogo “Zero” Martins

Alcunha:

Zero – não porque não valha nada, mas porque aprendeu a desaparecer no meio da cidade.

Idade:

29 anos

Nacionalidade:

Português

Local de Nascimento:

Amadora, Portugal

Profissão:

DJ de raves clandestinas | Hacker amador | Mensageiro noturno

Aparência:

- Alto e magro, com um olhar sempre entre a fadiga e a paranoia.
- Cabelo preto desgrenhado, com algumas madeixas descoloridas.
- Olhos castanhos profundos, sempre a esquadrinhar o espaço como se estivesse à espera de algo.
- Usa um casaco de cabedal velho, com circuitos pintados à mão nas mangas.
- Tatuagens minimalistas nos dedos e no pescoço – códigos binários e símbolos abstratos.
- Sempre com uns fones pendurados ao pescoço e um telemóvel velho cheio de glitches.

Personalidade:

- Desconfiado: Cresceu a ver pessoas desaparecerem da sua vida, aprendeu a confiar apenas em si.
- Viciado em informação: Lê fóruns obscuros, coleciona ficheiros estranhos, sabe segredos que ninguém devia saber.
- Obcecado com a noite: A cidade depois da meia-noite é o seu verdadeiro habitat. As luzes de néon, os comboios vazios, os reflexos distorcidos – tudo isso alimenta a sua mente.
- Voz calma, mas cortante: Quando fala, escolhe bem as palavras. Nunca desperdiça sílabas.

História:

Diogo nasceu na Amadora, numa casa pequena cheia de aparelhos avariados e fios pendurados pelas paredes. O pai trabalhava num armazém e a mãe fazia limpezas à noite – raramente estavam em casa ao mesmo tempo. Ele cresceu a explorar as traseiras dos prédios, a mexer em rádios avariados e a hackear redes Wi-Fi dos vizinhos.

Aos 16, meteu-se num grupo de DJs ilegais que organizavam raves em fábricas abandonadas. Ali aprendeu a manipular o som, a sentir a pulsação da cidade e a perceber que a eletricidade não serve só para acender lâmpadas. Começou a mexer em software pirateado, a entrar em servidores estranhos, a perceber como as vozes digitais se misturavam com os ecos dos becos.

Aos 21, alguém ofereceu-lhe dinheiro para transportar um disco rígido sem perguntas. Fê-lo, e nunca soube o que carregava. Mas desde então, recebe chamadas sem número, mensagens encriptadas, pedidos para “entregar” coisas”. Agora, divide o tempo entre sets em festas ilegais, jobs obscuros para desconhecidos e buscas incessantes por algo que nem ele sabe o que é.

Habilidades:

- DJ e produtor – manipula som como se fosse magia, distorcendo vozes e criando batidas que fazem a cidade vibrar.
- Hacking básico – sabe contornar firewalls, encontrar ficheiros escondidos e entrar onde não deve.
- Desaparecer na multidão – anos nos subúrbios ensinaram-lhe como se tornar invisível.
- Mensageiro urbano – conhece rotas secretas pela cidade, túneis fechados, estações fantasma.

Filosofia de Vida:

- “A cidade está cheia de buracos. Tu só tens de saber onde meter os pés.”
- “Toda a gente tem um ficheiro que não quer que vejam.”
- “O silêncio da noite diz mais do que o barulho do dia.”

Frase que o define:

"O futuro já está partido. Eu só estou a ouvir os ecos."


Álbum: Caminho: Nenhum

De Lourenço Verissimmo

Um retrato sombrio e pulsante das ruas esquecidas, dos ciclos que nunca se quebram e da eletricidade crua das noites sem promessa. Este álbum mistura géneros como kuduro, dance rock, musique concrète, balalaika, electro, house, electro swing, witch house, techno e trance para criar um universo sonoro distorcido e magnético. Cada faixa é um fragmento desse mundo, ecoando entre o místico e o brutal, entre o real e o espectral.

1. Noite Sem Promessas

A noite cai nos subúrbios, onde as luzes piscam sem certezas e os sonhos morrem antes de amanhecer. Um retrato da desesperança e da rotina urbana que se repete sem fim.

2. Betão e Cinzas

As cidades erguem-se como monumentos ao esquecimento, onde o frio do cimento contrasta com a febre dos que ali vivem. Uma visão crua e industrial de um mundo sem cor.

3. Lisboa Afundada

Um cenário quase pós-apocalíptico de uma Lisboa esquecida, onde o brilho do passado é apenas um reflexo distorcido nas águas turvas do presente.

4. Mantras do Asfalto

Entre buzinas e sirenes, entre fumo e néon, há quem ainda procure uma espiritualidade urbana, uma fé que resista ao peso do betão.

5. Linha Fantasma

Comboios vazios cortam a cidade como cicatrizes. Rotações infinitas que nunca chegam a lugar algum. Uma metáfora sobre a solidão e o abandono nos subúrbios.

6. Transe de Neón

Ritmos frenéticos e um cenário cyberpunk decadente. Uma viagem alucinante entre batidas eletrónicas e ruas que nunca dormem.

7. Última Oração no Bairro

Na sombra dos prédios, uma prece silenciosa se mistura com o vento. Fé e desespero cruzam-se nas esquinas da cidade.

8. Fumo & Fé

Vícios e crenças convivem nos becos onde a noite nunca termina. Entre cigarros e rezas, sobrevivência é a única religião.

9. O Som das Ruínas

Ecos do passado ressoam em fábricas abandonadas, onde o tempo parece ter parado, mas a história ainda murmura nas paredes rachadas.

10. Ganges Elétrico

Misticismo e tecnologia colidem em uma paisagem distorcida. Um rio de eletricidade e rezas digitais onde passado e futuro se fundem.

11. Bairro Sob Feitiço

Bruxaria moderna e uma atmosfera carregada de mistério. O bairro pulsa sob uma magia invisível, onde cada esquina esconde um segredo.

12. Destino: Nenhum

Preso num ciclo sem fim, onde as ruas dobram sobre si mesmas e o futuro nunca chega. Um hino ao eterno retorno e à fuga impossível.

Este álbum não é apenas uma coleção de músicas, mas uma jornada por um mundo urbano hipnótico e implacável. Bem-vindo a Caminho: Nenhum.


Noite Sem Promessas - Diogo “Zero” Martins

 


"Noite Sem Promessas"

As luzes piscam, mas nunca iluminam o caminho.
Os comboios passam, mas nunca param.
As ruas falam, mas ninguém escuta.

Aqui, o tempo não anda—apenas se repete.





Noite Sem Promessas - Diogo “Zero” Martins 


Betão e Cinzas - Diogo “Zero” Martins

 


"Betão e Cinzas"

Os prédios levantam-se como gigantes sem alma, rachados pelo tempo, cobertos de promessas esquecidas.
O vento arrasta cinzas de histórias queimadas, de vidas que passaram sem deixar nome.
As ruas são veias de betão seco, sem pulso, sem destino, apenas um eco de passos que já não voltam.

Aqui, o futuro não nasce – apodrece.


Betão e Cinzas - Diogo “Zero” Martins 


Lisboa Afundada - Diogo “Zero” Martins

 


"Lisboa Afundada"

As águas subiram sem aviso, sem pressa, engolindo ruas e histórias como se fossem apenas areia na maré. O Tejo, outrora o coração pulsante da cidade, agora estende os seus braços frios sobre bairros que já não respiram. O Cais das Colunas desapareceu, os eléctricos descansam enferrujados sob ondas turvas, e as calçadas de pedra, desenhadas para durar séculos, afundam-se sob o peso do tempo e da negligência.

O Elevador de Santa Justa ergue-se como um monumento fantasma, metade submerso, metálico e esquecido. A Ponte 25 de Abril treme com o vento, os seus pilares fatigados pela corrosão e pelo silêncio. Os becos de Alfama, outrora cheios de fado e passos apressados, agora apenas ecoam com o som da água batendo contra paredes partidas.

As luzes de néon ainda piscam em algumas esquinas, relíquias de uma civilização que acreditou que poderia domar a cidade. Mas Lisboa nunca foi domada. Sempre pertenceu ao tempo, ao sal, ao destino. Agora, os únicos que restam são as gaivotas e os fantasmas de quem partiu tarde demais.

O passado afundou-se. O futuro nunca chegou. Apenas as ondas sabem o que ainda resta por vir.

Lisboa Afundada - Diogo “Zero” Martins


Mantras do Asfalto - Diogo “Zero” Martins

 


"Mantras do Asfalto"

A cidade nunca dorme, mas eu aprendi a fechar os olhos no meio do ruído.
Os semáforos piscam em vermelho, como velas acesas num altar de betão.
Os motores rugem, os passos apressam-se, mas há um ritmo mais profundo escondido nas ruas.

Os prédios sussurram segredos antigos, escritos em tinta desbotada e fumo de escape.
Os candeeiros desenham sombras no alcatrão, formas que dançam entre o sagrado e o profano.
Aqui, entre o caos e a pressa, há um silêncio que só alguns sabem ouvir.

Respiro. O asfalto aquece sob as minhas mãos.
O mantra repete-se no coração da cidade:
Nem todos os caminhos levam ao templo, mas todo o templo nasce de um caminho.


Mantras do Asfalto - Diogo “Zero” Martins 


LINHA FANTASMA - Diogo “Zero” Martins

 


"Linha Fantasma"

O comboio chega sem pressa, mas ninguém desce.
As portas abrem para um vazio que já não espera nada.
As janelas refletem apenas névoa, como olhos que esqueceram o que era ver.

A estação respira poeira e ferrugem.
Os altifalantes anunciam destinos apagados.
Os bancos guardam histórias que nunca tiveram fim.

Lá fora, a cidade acende-se e apaga-se, indiferente.
Mas aqui, entre os trilhos esquecidos, o tempo parou à espera de um passageiro que nunca chegou.

LINHA FANTASMA - Diogo “Zero” Martins 


TRANSE DE NEÓN - Diogo “Zero” Martins


 "Transe de Neón"

As ruas brilham em tons de néon, mas a cidade continua escura.
Os corpos movem-se como sombras elétricas, sincronizados com batidas que nunca param.
O tempo dissolve-se entre luzes tremeluzentes e fumo sintético.

Aqui, ninguém dorme—só dança, só corre, só se perde.
O futuro já chegou, mas deixou para trás apenas ruínas iluminadas.
Os rostos refletem-se nos ecrãs partidos, fragmentos de uma identidade esquecida.

Fecha os olhos. Sente o ritmo.
Neste transe de néon, o caos é a única melodia.

TRANSE DE NEÓN - Diogo “Zero” Martins 


ÚLTIMA ORAÇÃO NO BAIRRO - Diogo “Zero” Martins


 "Última Oração no Bairro"

As luzes piscam uma última vez antes de se apagarem para sempre.
As paredes rachadas sussurram nomes que já ninguém lembra.
Os passos ecoam vazios nas ruas onde a esperança se perdeu.

No canto de um beco, uma vela resiste ao vento,
uma prece muda sobe entre o fumo e o silêncio.
Aqui, onde os dias se confundem com as noites,
alguém ainda acredita, mesmo sem saber no quê.

Talvez seja fé. Talvez seja hábito.
Ou talvez seja apenas a última oração
antes da cidade engolir tudo.

ÚLTIMA ORAÇÃO NO BAIRRO - Diogo “Zero” Martins 


FUMO & FÉ - Diogo “Zero” Martins

 


"Fumo & Fé"

A cidade nunca dorme, mas alguns já não acordam.
Nos becos onde o frio se mistura com o fumo,
há mãos que tremem, não se sabe se de frio ou de culpa.

Uns acendem cigarros como velas num altar sem nome,
outros murmuram preces entre goles de esquecimento.
Acreditam no que os mantém de pé,
seja um maço de tabaco ou uma promessa por cumprir.

Aqui, entre o sujo e o sagrado,
não há santos nem pecadores—
só almas à procura de um milagre que nunca chega.


FUMO & FÉ - Diogo “Zero” Martins 


O SOM DAS RUÍNAS - Diogo “Zero” Martins


 "O Som das Ruínas"

O vento assobia entre as janelas partidas,
um lamento antigo que ninguém escuta.
Os passos ecoam no chão rachado,
fantasmas de um tempo que já não volta.

O metal enferrujado canta memórias,
máquinas caladas sussurram segredos.
As paredes, cobertas de pó e silêncio,
guardam gritos que nunca chegaram ao fim.

Aqui, onde o passado se desfez em cinzas,
o som das ruínas ainda ressoa.
Porque nada morre de verdade
enquanto houver ecos na escuridão.

O SOM DAS RUÍNAS - Diogo “Zero” Martins


GANGES ELÉTRICO - Diogo “Zero” Martins


 "Ganges Elétrico"

Ruas vibram em néon, respiração de um deus digital.
Mantras dissolvem-se no ar, misturados com distorção e batidas sujas.
A água sagrada reflete hologramas de promessas nunca cumpridas.

O passado dança com o futuro ao som de circuitos queimados.
No fumo dos incensos e dos cabos em curto,
almas buscam redenção numa frequência perdida.

Aqui, entre rezas e sintetizadores,
o sagrado e o sintético tornam-se um só.
O destino é um fluxo elétrico,
e nós apenas faíscas na corrente.

GANGES ELÉTRICO - Diogo “Zero” Martins


BAIRRO SOB FEITIÇO - Diogo “Zero” Martins

 


"Bairro Sob Feitiço"

As luzes piscam como velas em ritual antigo,
sombras dançam entre prédios gastos.
Sussurros percorrem as ruelas vazias,
rezas misturadas com ecos eletrónicos.

O vento traz promessas quebradas,
feitiços lançados por vozes sem rosto.
Nos becos escondidos, olhos brilham no escuro,
testemunhas silenciosas de segredos enterrados.

Aqui, a noite nunca acaba,
porque o bairro está encantado.
Entre o místico e o profano,
ninguém entra sem deixar algo para trás.


BAIRRO SOB FEITIÇO - Diogo “Zero” Martins


DESTINO NENHUM - Diogo “Zero” Martins


 "Destino: Nenhum"

Os dias repetem-se, iguais, sem cor.
O relógio gira, mas nunca avança.
Passos seguem sempre os mesmos trilhos,
ruas sem saída, becos sem esperança.

Comboios passam, mas nunca param,
placas indicam direções que levam a lugar nenhum.
O céu pesa como um teto rachado,
e a cidade engole sonhos antes de nascerem.

Corre, foge, tenta rasgar o ciclo,
mas aqui o tempo é um laço apertado.
Não há chegadas, não há partidas,
só um caminho que leva ao mesmo ponto de partida.

DESTINO NENHUM - Diogo “Zero” Martins 


🎧 DIOGO “ZERO” MARTINS
O som de um país que se cala, a voz dos lugares esquecidos.

Num mundo onde o barulho da cidade esconde silêncios profundos, Diogo “Zero” Martins escolhe caminhar pelas margens.
A sua música nasce entre paredes gastas, luzes intermitentes e vidas suspensas. É nos becos onde ninguém olha, nas varandas por onde ninguém grita, nos bairros onde os mapas não entram, que ele encontra o pulsar da sua criação.

Cada faixa é um documento emocional. Cada letra é um relato de sobrevivência, de abandono, de raiva, mas também de fé — uma fé sem dogma, nascida da lama e do betão.
O seu som cru, urbano e hipnótico mistura eletrónica minimalista com densidade poética, resgatando histórias que quase desapareceram entre o ruído do progresso.

Diogo “Zero” Martins não canta sobre o centro — ele é o eco das periferias.
As suas músicas são como fotografias sonoras de espaços que ruíram e de pessoas que ainda resistem.
O projeto não é apenas um álbum: é uma crónica contemporânea do desencanto português.
É a tentativa de encontrar beleza onde o sistema só vê escombros.

“Cidades Fantasmas” é o segundo passo dessa caminhada. Uma obra que convida à escuta atenta — porque, por trás de cada batida, há uma história que ainda não foi contada.

Segue-o. Escuta-o. Lê nas entrelinhas do som.
Porque enquanto houver paredes que sussurram, haverá alguém como Zero para lhes dar voz.




🎧 ÁLBUM 2 – CIDADES FANTASMAS
🔊 Diogo “Zero” Martins

Uma viagem pelas margens da existência — onde os sons sobrevivem à ruína e a esperança caminha entre escombros.

💿 Tracklist + Descrições:

  1. Eco do Vazio
    Sons de um apartamento abandonado, onde o silêncio grita mais alto que as vozes que já habitaram.

  2. Ruído Interno
    Um beat denso, como o caos mental de quem vive entre paredes apertadas e janelas fechadas para o mundo.

  3. Vidro Partido
    A fragilidade urbana refletida em ritmos quebrados e letras cortantes como estilhaços.

  4. Esquinas Queimam
    A cidade arde nas entrelinhas: fogo nos olhos, fúria nos gestos, dança sobre cinzas.

  5. Nada Sobre Nós
    Uma resposta fria ao abandono institucional. Um hino para os invisíveis da cidade.

  6. Relógios Sem Ponteiros
    Tempo suspenso, dias que se repetem sem rumo. Uma faixa lenta e hipnótica.

  7. Câmara Lenta no Beiral
    Momentos à beira do colapso, como num filme distorcido sobre a juventude esquecida.

  8. Muros que Sussurram
    As paredes falam — contam segredos de amores enterrados e promessas adiadas.

  9. Nevoeiro de Neon
    Luzes falsas, esperança sintética. O lado mais glamoroso e ilusório do submundo urbano.

  10. Manual de Sobrevivência Urbana
    Táticas de resistência nas fendas do sistema. Flow rápido, batida crua, urgência.

  11. Entre o Lixo e o Céu
    A dualidade da existência suburbana: espiritualidade nas ruínas, fé no meio do concreto.

  12. Cidades Fantasmas
    Faixa final que dá nome ao álbum — um sussurro coletivo dos lugares onde a cidade já não vive, mas resiste.

📍 Sons que vêm dos becos, dos andares vazios, dos rostos apagados. “Cidades Fantasmas” não é apenas um álbum — é um território onde o concreto sente e a música respira poeira e sonho.

🔗 Segue. Ouve. Vive.
#CidadesFantasmas #DiogoZeroMartins #Álbum2 #MúsicaUrbana #SubúrbiosSonoros #NareSound

ECO DO VAZIO - Diogo Zero Martins


Mensagem inspirada em “Eco do Vazio” – Diogo “Zero” Martins

Há lugares que parecem vazios, mas guardam mais peso do que se vê. “Eco do Vazio” é um sussurro vindo das ruínas interiores — uma canção onde o silêncio tem corpo, e cada batida é o som de memórias esquecidas a tentar resistir ao tempo. Nesta faixa, Diogo “Zero” Martins guia-nos por um apartamento abandonado, onde cada canto ecoa histórias que já não têm voz. Não há mobiliário, mas há marcas nas paredes. Não há gente, mas há fantasmas de gestos e olhares. É como se o vazio gritasse — e esse grito fosse o último vestígio de humanidade num mundo que preferiu esquecer.

A produção eletrónica da faixa é mínima, crua, atmosférica. O instrumental pulsa como um coração cansado, enquanto a voz de Zero flutua entre ruínas sonoras. Há beats quebrados, ruídos distantes, uma respiração que vem e vai — como se a música tivesse vida própria. “Eco do Vazio” não é apenas para ouvir. É para sentir. Para entrar dentro e perceber que, às vezes, o maior barulho vem do que já não está lá.

É a abertura do segundo álbum como quem abre uma porta antiga — não para sair, mas para entrar fundo em si mesmo. Um lembrete de que o abandono tem camadas, e cada uma delas pode ser transformada em arte.

#EcoDoVazio #CaminhoSemMapa #DiogoZeroMartins
#SilêncioQueFala #NovaMúsica2025

 ECO DO VAZIO - Diogo Zero Martins


RUÍDO INTERNO - Diogo Zero Martins


"Ruído Interno" não é apenas uma faixa — é um espelho claustrofóbico da mente de quem sobrevive à pressão invisível do cotidiano. A música mergulha fundo no som abafado das paredes que apertam, dos pensamentos que colidem em espiral, do silêncio que pesa mais que mil gritos. É o retrato sonoro de quem vive trancado por dentro, mesmo rodeado de prédios e vozes lá fora.

Este tema percorre um beat denso, pulsante, quase industrial, que evoca a rotina repetitiva e a ausência de espaço emocional. Cada batida é como um martelar constante na mente — obsessivo, sombrio, real. “Ruído Interno” dá voz à ansiedade abafada, ao cansaço que não se vê, à vontade de fugir sem saber para onde.

Diogo "Zero" Martins dá-nos aqui uma das suas composições mais íntimas. Fala-nos de isolamento emocional, da alienação urbana e do tumulto mental de quem sente demais, mas vive num mundo que escuta de menos. Esta faixa é para todos os que já se sentiram pequenos num espaço demasiado grande — ou grandes demais num corpo que não contém tudo o que sentem.

"Ruído Interno" não pede para ser entendida. Ela exige que se sinta.
E quem sentir… vai reconhecer-se nas entrelinhas.

RUÍDO INTERNO - Diogo Zero Martins


VIDRO PARTIDO - Diogo Zero Martins


Mensagem para a faixa “Vidro Partido” – Diogo “Zero” Martins

Há sons que não se curam — estalam como vidro sob os pés de quem vive à beira do colapso. "Vidro Partido" é o eco de uma cidade onde tudo parece à beira de quebrar: relações, sonhos, corpos e esperanças. Nesta faixa, Zero Martins revela a estética da fratura — não como um fim, mas como a única forma de expressão possível num ambiente onde a dureza do cimento esconde a vulnerabilidade dos que resistem.

A batida é irregular, feita de pausas bruscas e ritmos que se desfazem como janelas estilhaçadas num prédio esquecido. A voz, entre o spoken word e o lamento cantado, narra as histórias de quem já não acredita em reparação, mas continua a caminhar entre ruínas porque parar seria ainda mais doloroso.

"Vidro Partido" é o retrato da cidade emocional: um corpo urbano cortado por memórias afiadas, onde cada ferida reflete luz. E mesmo com os pedaços no chão, há beleza. Há som. Há arte.

Uma canção para quem já caiu... e aprendeu a dançar entre os cacos.

Gostarias de transformar esta mensagem também num texto promocional ou cartaz?

VIDRO PARTIDO - Diogo Zero Martins


ESQUINAS QUEIMAM - Diogo Zero Martins


"Esquinas Queimam" é uma faixa que pulsa com o calor das ruas — onde a cidade não apenas respira, mas incendeia. Nela, cada batida representa uma sirene distante, cada sintetizador espelha o caos ordenado de vidas à margem. É uma dança entre a raiva e a sobrevivência. A música retrata becos abafados por neon, cruzamentos onde o medo e a ousadia se enfrentam, e zonas onde os sonhos ardem antes de nascer.

Nesta canção, Diogo “Zero” Martins transforma a fúria urbana em combustão poética. A letra exala resistência: das esquinas onde se trocam olhares desconfiados, das calçadas que guardam passos apressados e das vozes que ecoam, mesmo quando ninguém quer escutar. “Esquinas Queimam” não é só um som — é uma visão crua de um mundo onde não há tempo para ilusões. Um manifesto ritmado que ilumina as cinzas e os silêncios. É neste fogo simbólico que Zero se reinventa e desafia o ouvinte a sentir o calor da verdade escondida no concreto.

ESQUINAS QUEIMAM - Diogo Zero Martins


NADA SOBRE NÓS - Diogo Zero Martins


Mensagem para “Nada Sobre Nós” – Diogo “Zero” Martins

“Nada Sobre Nós” não é apenas uma faixa — é um grito seco vindo das rachaduras da cidade. É a pulsação de quem vive à margem, de quem nunca teve lugar à mesa nem voz nos debates. Uma homenagem crua, mas necessária, aos invisíveis: os sem-abrigo, os esquecidos dos bairros periféricos, os que limpam, constroem e sustentam as estruturas de um sistema que nunca os viu.

A batida é densa e minimalista, como os corredores frios das instituições que falam sobre nós sem sermos nós. A voz de Zero não suplica — afirma. Uma presença firme, sem ornamentos, que exige escuta e reconhecimento. A letra é composta de fragmentos de histórias reais, costuradas com indignação e resiliência.

Esta faixa é um manifesto sonoro. Um “chega” melódico a décadas de silêncio institucional. É música que incomoda, porque revela. Que pulsa, porque é viva. Que incomoda, porque é verdade.

“Nada Sobre Nós” é para quem já se cansou de esperar. Para quem já entendeu que, se não formos nós a falar, o mundo continuará a falar por cima.

Este som é uma bandeira. Ergue-te com ele.
#NadaSobreNós #DiogoZeroMartins #CaminhoNenhum #MúsicaDeProtesto

Gostas que as próximas mensagens também sigam este tom manifesto?

NADA SOBRE NÓS - Diogo Zero Martins


Relógios Sem Ponteiros - Diogo zero Martins


Mensagem para “Relógios Sem Ponteiros” – Diogo “Zero” Martins

“Relógios Sem Ponteiros” é uma meditação sónica sobre o vazio da rotina, um retrato hipnótico do tempo suspenso nas periferias do existir. Esta faixa mergulha o ouvinte num espaço onde o presente se arrasta e o futuro parece uma ilusão adiada — onde os dias deixam de ser contados porque já não há mais para onde ir.

A melodia lenta, quase arrastada, pulsa como um coração cansado, e cada batida ecoa como o tique-taque de um relógio quebrado. Os sintetizadores pairam como névoa urbana, e a voz de Diogo “Zero” Martins desliza entre versos com a frieza melancólica de quem vive à margem do tempo.

É uma canção para quem já acordou sem saber que dia é. Para quem olha pela janela e vê tudo igual. Para quem caminha sem destino, empurrado por um mundo indiferente.

“Relógios Sem Ponteiros” é mais do que uma música: é um espelho de um tempo paralisado — o som dos esquecidos, o silêncio dos que continuam em movimento mesmo quando tudo parece parado.

Relógios Sem Ponteiros - Diogo zero Martins


Câmara Lenta no Beiral - Diogo zero Martins


Câmara Lenta no Beiral é uma faixa que se arrasta como a memória de um momento perdido, como uma fita que repete os mesmos segundos num loop emocional. É o retrato de uma juventude à beira — não apenas do telhado, mas do colapso. Ali, nas margens das cidades e das decisões, vivem os esquecidos, os que cresceram sem promessas nem direção. Os que aprenderam a sobreviver em pausas, em breves alegrias roubadas à rotina, em olhares trocados à pressa no final de um beco ou nas escadas do prédio onde ninguém sobe.

Esta música não corre: flutua. Cada verso é uma fotografia tremida de corpos exaustos, mentes ansiosas e sonhos desfeitos pelo tempo. Fala de noites passadas na rua, de janelas que nunca se abriram, de beirais que são palco e refúgio. O beat é arrastado, como um coração cansado de esperar. Os sintetizadores ecoam como buzinas distantes ou passos no cimento molhado. Há ecos de algo belo — mas desfeito.

“Câmara Lenta no Beiral” é sobre estar à margem de tudo. De um sistema que não escuta, de famílias que não entendem, de cidades que ignoram. É um grito silencioso de quem vive devagar porque foi empurrado para trás. E mesmo assim, encontra beleza em pequenos gestos — como partilhar fones numa paragem de autocarro ou dividir um cigarro num telhado sem grades.
É poesia urbana na sua forma mais crua.

Câmara Lenta no Beiral - Diogo zero Martins


Muros que Sussurram - Diogo zero Martins


Mensagem para “Muros que Sussurram”

Há lugares onde o tempo não passa — apenas se transforma em poeira, em musgo, em fissuras silenciosas nos muros esquecidos da cidade. “Muros que Sussurram” é mais do que uma faixa: é uma escuta íntima aos vestígios do que já foi vivido. Cada batida, cada camada sonora desta música é um eco de palavras nunca ditas, cartas não enviadas, amores que ficaram presos entre os tijolos de becos estreitos.

As vozes sussurradas nesta faixa não são de agora: pertencem a quem viveu na sombra, a quem sonhou alto e caiu, a quem amou em silêncio por medo de não ser ouvido. Diogo “Zero” Martins, com sua lírica crua e poética, volta a mergulhar na alma urbana, revelando não só os gritos, mas os sussurros que resistem na paisagem. A produção densa e atmosférica transporta-nos para espaços interiores — físicos e emocionais — onde cada parede é confidente, cada fresta uma lembrança.

Esta canção é uma ode à escuta. Num mundo que berra por atenção, ela convida-nos ao contrário: calar por dentro e prestar atenção ao que os muros tentam dizer. Porque, por vezes, é no quase silêncio que a verdade inteira se revela. E quem ouve com o coração, descobre que há amor até na ruína, coragem na ausência e beleza naquilo que não voltou.

#MurosQueSussurram #CaminhoNenhum #DiogoZeroMartins #VozesDoConcreto

Muros que Sussurram - Diogo zero Martins


NEVOEIRO DE NEON - Diogo zero Martins


"Nevoeiro de Neon" — Reflexo de uma Realidade Fabricada

Por entre as vielas encharcadas de luz artificial, “Nevoeiro de Neon” ergue-se como um grito abafado, envolto em vapor e solidão. Esta faixa mergulha-nos num universo onde a cidade nunca dorme, mas também nunca acorda. É uma ode aos becos luminosos e às promessas vazias piscando em cores saturadas — como se a felicidade pudesse ser comprada por trás de uma montra acesa às três da manhã.

O som pulsa com batidas sintéticas e atmosferas densas, refletindo o fascínio pelo brilho que esconde a decadência. Aqui, o amor é rápido, os sonhos são reciclados e a esperança é vendida em doses pequenas, diluída na euforia noturna. Tudo reluz, mas nada é verdadeiro.

“Nevoeiro de Neon” não é só uma canção — é um espelho que distorce e revela. É o retrato de uma juventude que se agarra às ilusões enquanto tudo à sua volta desaba em silêncio. Um passo de dança no abismo, com os olhos fixos num horizonte que brilha, mas que não salva.

É neste nevoeiro colorido que Zero Martins nos convida a perder-nos — para talvez, quem sabe, reencontrarmo-nos.

NEVOEIRO DE NEON - Diogo zero Martins


Entre o Lixo e o Céu - Diogo Zero Martins


ENTRE O LIXO E O CÉU — Reflexão Profunda

Vivemos entre extremos — entre o concreto rachado sob os pés e um céu distante que nem sempre responde às preces. “Entre o Lixo e o Céu” é mais do que uma faixa: é um manifesto silencioso da vida nas margens, onde cada dia é um teste de resistência, onde o lixo não é só material, mas simbólico — invisibilidade social, abandono, desprezo. E ainda assim, há fé.

A espiritualidade que nasce na ausência de tudo não é fraca — é feroz. A música fala de quem acende velas com medo da luz, reza entre sirenes e encontra paz num banco de praça ou numa parede grafitada. Essa faixa é para os que encontram beleza em ruínas, que enxergam o divino num olhar cansado ou num abraço partilhado entre escombros.

“Entre o Lixo e o Céu” é um hino para quem ainda acredita, mesmo quando nada parece prometer salvação. Para quem não desiste, mesmo com tudo contra. Porque às vezes, é no lugar mais improvável que nascem os milagres.

#DiogoZeroMartins #EntreOLixoEOCeu #CaminhoNenhum #SuburbioEspiritual #EsperançaRea

Entre o Lixo e o Céu - Diogo Zero Martins


MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA URBANA - Diogo zero Martins


MENSAGEM PARA A FAIXA “MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA URBANA”

Na selva de cimento, cada passo é cálculo, cada gesto é defesa, cada respiração — resistência. “Manual de Sobrevivência Urbana” não é só uma música: é um manifesto sonoro dos que aprenderam a viver nas brechas da cidade, entre buzinas, olhares duros e esquinas perigosas. É o som dos que acordam antes do sol para enfrentar batalhas invisíveis, dos que transformam o pouco em abrigo e o medo em combustível.

Diogo “Zero” Martins, mais uma vez, dá voz aos que não têm palco — aos que dominam a arte de sobreviver onde a esperança parece gasta. A batida é crua, o flow é direto, e as palavras são afiadas como vidro no chão de um beco. Não há espaço para floreios: aqui, a verdade é dura e o ritmo segue o pulso da luta diária.

A cidade não perdoa, mas também ensina. Ensina códigos, ensina silêncios, ensina que há poesia nos grafites, nas sirenes, nas vozes roucas dos mercados e nos olhos atentos de quem já viu demais. “Manual de Sobrevivência Urbana” é o hino dos que não se rendem — dos que, mesmo invisíveis, moldam a alma do lugar onde vivem.

Escuta, sente e prepara-te: o manual não tem capa, mas cada verso é uma instrução vital.
E o beat continua.

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 MANUAL DE SOBREVIVÊNCIA URBANA - Diogo zero Martins


Cidades Fantasmas - Diogo Zero Martins


Mensagem para “Cidades Fantasmas”

Vivemos rodeados de ausências. “Cidades Fantasmas” não é apenas uma música — é um eco que vem dos cantos esquecidos da urbanidade. Esta faixa final surge como um epitáfio murmurado para as ruas desertas, os prédios abandonados, as memórias que ficaram presas nos andaimes de um progresso que nunca chegou. É uma despedida e, ao mesmo tempo, um reencontro com tudo aquilo que já fomos.

Neste som, Diogo “Zero” Martins caminha entre ruínas com a alma aberta e o coração sujo de realidade. Ele canta por todos que já se perderam no meio do caminho, por cada janela que nunca mais se abriu, por cada história deixada para trás como grafite apagado. “Cidades Fantasmas” é um tributo aos espaços que ainda respiram, mesmo sem vida. É o som dos passos que ressoam em corredores vazios, das orações murmuradas nos becos, dos silêncios que gritam mais alto que o trânsito.

Aqui, a música encontra a eternidade num segundo suspenso — e nos convida a escutar o que resta quando o barulho desaparece. Porque mesmo os lugares abandonados têm algo a dizer. E Zero, com sua lírica crua e batida melancólica, torna-se o canal dessa voz subterrânea. Uma última faixa que encerra o álbum como um sussurro poético vindo do além do betão: onde já não se vive, mas ainda se resiste.

#CidadesFantasmas #DiogoZeroMartins #CaminhoNenhum
#EntreRuínasENostalgia #SubúrbiosSonoros #FinalDeCiclo

Cidades Fantasmas  - Diogo Zero Martins


🎧 LUMINOSIDADE NEGATIVA – um álbum que vive no intervalo entre o clarão e a sombra, no ponto exato onde a luz deixa de revelar e começa a distorcer.
Este trabalho não é apenas uma sequência de faixas: é um percurso psicológico e sensorial, um mergulho no lado obscuro do brilho, onde a claridade é áspera e o escuro se torna um refúgio.

Ao longo de 12 capítulos sonoros, a narrativa atravessa ruas estreitas, quartos fechados, prédios altos e corredores que nunca levam a lugar nenhum. É um universo urbano, claustrofóbico e, ao mesmo tempo, íntimo. As músicas não se contentam em ser ouvidas — elas se infiltram, criando imagens mentais, quase cinematográficas, que misturam melancolia e tensão.

Cada faixa é uma janela para um estado de espírito:

  • Reflexo Queimado expõe o cansaço da superexposição.

  • Os Vivos Dormem captura a falsa serenidade das madrugadas silenciosas.

  • Cidade de Sombras Longas arrasta o passado pelas ruas frias.

  • Luz de Frigorífico prende o ouvinte na repetição mecânica dos dias.

  • Último Andar, Último Suspiro suspira à beira do limite físico e emocional.

  • Elevador em Loop gira em círculos, sem nunca ascender.

  • Cicatriz de Neon ilumina feridas com um brilho enganador.

  • Ruas Que Não Dão Para Sair prende a alma em labirintos sem saída.

  • Invisível em Alta Definição denuncia o paradoxo de ser visto e não existir.

  • Chão Quente, Céu Frio trava o combate entre sobrevivência e sonho.

  • Intermitente pulsa no vai e vem da presença e da fuga.

  • Luz Suja fecha o ciclo, deixando claro que não há fim — apenas uma continuidade mais densa.

O som deste álbum é feito de contrastes: camadas densas de sintetizadores encontram-se com batidas que ecoam como passos noturnos; melodias suaves se chocam com texturas ásperas; e o silêncio, quando surge, pesa tanto quanto qualquer acorde.

"LUMINOSIDADE NEGATIVA" é para quem gosta de música que não entrega respostas, mas sim perguntas. Para quem entende que, às vezes, é no brilho mais fraco que a verdade se esconde. É uma obra para ser sentida no escuro, mas com os olhos bem abertos.

Se quiser, posso também criar uma versão desta mensagem adaptada para a contracapa do CD, com um texto mais poético e condensado para impactar visualmente.



🎧 Álbum 3: “LUMINOSIDADE NEGATIVA”

Subterrâneo. Íntimo. Onírico.
Um mergulho no lado invisível da luz — onde os reflexos enganam e os brilhos escondem feridas.
Este álbum é uma viagem por ruas estreitas, janelas fechadas e interiores silenciosos, onde a claridade é sempre suspeita e a escuridão nunca está completamente sozinha.


💿 Faixas

1. Reflexo Queimado
Luz demais também cega. Uma faixa sobre a ilusão da visibilidade e o esgotamento da imagem.

2. Os Vivos Dormem
O silêncio das madrugadas onde todos se apagam por dentro. Um retrato de apatia disfarçada de paz.

3. Cidade de Sombras Longas
Metáforas que esticam pelas ruas. O peso de um passado que não larga o presente.

4. Luz de Frigorífico
A frieza das rotinas repetidas. Uma canção sobre o automatismo dos dias e noites iguais.

5. Último Andar, Último Suspiro
Um retrato melancólico de quem vive nos limites — físicos e emocionais.

6. Elevador em Loop
Sensação de estagnação num sistema que gira sem levar ninguém a lado nenhum.

7. Cicatriz de Neon
Luzes artificiais sobre feridas reais. Beleza estética a esconder dor profunda.

8. Ruas Que Não Dão Para Sair
A claustrofobia dos bairros sem saída. Uma metáfora urbana e existencial.

9. Invisível em Alta Definição
Sobre a hipervisibilidade nas redes e o vazio fora delas.

10. Chão Quente, Céu Frio
A luta diária entre sobreviver e sonhar. Terra árida, céu inalcançável.

11. Intermitente
Uma faixa pulsante sobre a oscilação entre presença e ausência, foco e fuga.

12. Luz Suja
A faixa final: um poema sonoro sobre a esperança manchada. Não é o fim — é a continuação no escuro.

EM BREVE 06/10/2025

Luz Suja - Diogo Zero Martins


Mensagem — “Luz Suja”

“Luz Suja” encerra o álbum como uma lâmina afiada que corta o silêncio, mas não fecha feridas. É o fecho que não é fim — um último clarão que ilumina apenas o suficiente para revelar que a noite continua. Aqui, a luz não é pura nem redentora; é filtrada pelo pó, pela fumaça e pelas memórias que ficaram presas no ar. É a esperança manchada, aquela que sobrevive mesmo quando já não brilha como antes.

A música traz um pulso lento e irregular, como o respirar de uma cidade exausta, onde cada esquina carrega histórias que ninguém conta. Entre camadas de sintetizadores arrastados e batidas que parecem vir de um lugar distante, as palavras surgem como fragmentos — pequenas faíscas no meio de um breu pesado. Não há promessas de salvação, apenas o convite para seguir caminhando, mesmo que a estrada seja estreita e o farol esteja sujo.

“Luz Suja” é sobre aceitar que a vida não vem com filtros perfeitos, e que a beleza, muitas vezes, está no defeito, no arranhão, no reflexo torto. É um retrato de resistência: a cidade dorme, mas nós não. E, enquanto houver um mínimo de claridade — mesmo turva — há espaço para mais um passo, mais um gesto, mais um som.

Se este álbum é uma jornada por lugares e sentimentos onde a luz quase não chega, esta faixa é o lembrete de que, mesmo suja, ela ainda pode ser suficiente para guiar quem não se rendeu. Porque, no fim, não é o brilho que importa — é o fato de ainda podermos ver.

Luz Suja - Diogo Zero Martins





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