quinta-feira, 15 de maio de 2025

DESTINO NENHUM - Diogo “Zero” Martins


 "Destino: Nenhum"

Os dias repetem-se, iguais, sem cor.
O relógio gira, mas nunca avança.
Passos seguem sempre os mesmos trilhos,
ruas sem saída, becos sem esperança.

Comboios passam, mas nunca param,
placas indicam direções que levam a lugar nenhum.
O céu pesa como um teto rachado,
e a cidade engole sonhos antes de nascerem.

Corre, foge, tenta rasgar o ciclo,
mas aqui o tempo é um laço apertado.
Não há chegadas, não há partidas,
só um caminho que leva ao mesmo ponto de partida.


DESTINO NENHUM - Diogo “Zero” Martins 



quarta-feira, 14 de maio de 2025

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BAIRRO SOB FEITIÇO - Diogo “Zero” Martins

 


"Bairro Sob Feitiço"

As luzes piscam como velas em ritual antigo,
sombras dançam entre prédios gastos.
Sussurros percorrem as ruelas vazias,
rezas misturadas com ecos eletrónicos.

O vento traz promessas quebradas,
feitiços lançados por vozes sem rosto.
Nos becos escondidos, olhos brilham no escuro,
testemunhas silenciosas de segredos enterrados.

Aqui, a noite nunca acaba,
porque o bairro está encantado.
Entre o místico e o profano,
ninguém entra sem deixar algo para trás.


BAIRRO SOB FEITIÇO - Diogo “Zero” Martins



terça-feira, 13 de maio de 2025

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GANGES ELÉTRICO - Diogo “Zero” Martins


 "Ganges Elétrico"

Ruas vibram em néon, respiração de um deus digital.
Mantras dissolvem-se no ar, misturados com distorção e batidas sujas.
A água sagrada reflete hologramas de promessas nunca cumpridas.

O passado dança com o futuro ao som de circuitos queimados.
No fumo dos incensos e dos cabos em curto,
almas buscam redenção numa frequência perdida.

Aqui, entre rezas e sintetizadores,
o sagrado e o sintético tornam-se um só.
O destino é um fluxo elétrico,
e nós apenas faíscas na corrente.



GANGES ELÉTRICO - Diogo “Zero” Martins



segunda-feira, 12 de maio de 2025

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PRV-47 Gênese Sombria - Alerta de Transmissão

 


🚨 Publicidade longa – Transmissão de Alerta

🎙️ [Voz intensa, urgente, tom de alarme ou sistema de emergência no fundo]

⚠️ Alerta de transmissão confidencial do Projeto PRV-47

Esta não é uma simulação.

O protocolo de contenção falhou.
A instalação foi comprometida.
O experimento está em movimento.

Dados vazados revelam que o material genético usado no projeto não era humano.
E agora, ele procura um novo hospedeiro.

Relatórios apontam mutações rápidas.
Alterações psicológicas.
E um comportamento predador.

Mas a verdade não foi completamente silenciada.

Um único canal está a divulgar os ficheiros perdidos.
Em forma de episódios.
Organizados.
Contados como uma série.

Esse canal é CTV.Renam – Contos ao Vento.

E a série é PRV-47: Gênese Sombria.

Se estás a ouvir isto, tens duas escolhas:

Ignorar…
ou mergulhar na história antes que seja tarde.

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👉 Novos episódios todas as segundas-feiras

CTV.Renam — Onde a ficção assusta, porque podia ser real.

Capítulo 1 - Episódio 4: O Chamado da Escuridão

 


O Chamado da Escuridão Capítulo 1, Episódio 4



Capítulo 1 - Episódio 4: O Chamado da Escuridão

O chão frio e úmido pressionava contra suas costas enquanto Ricardo tentava recuperar o fôlego. Sua mente ainda processava a dor lancinante que se espalhava por suas costelas após a queda. Mas ele não podia se dar ao luxo de sentir dor agora. Não com aquelas coisas tão próximas.

Seus olhos arregalados captaram a figura deformada que emergia da trilha, silhuetada contra a névoa pálida que serpenteava pelo solo. A criatura cambaleava para frente, seus olhos esbranquiçados fixos nele, os movimentos erráticos, mas letais. Cada passo era acompanhado por um som molhado, um arrastar de pés descalços sobre a terra encharcada. Mais sombras surgiam logo atrás dela, deslizando entre os troncos retorcidos como predadores famintos.

O coração de Ricardo batia como um tambor furioso. Ele se forçou a se mover, apoiando-se sobre os cotovelos antes de impulsionar seu corpo para trás. Suas costas bateram contra a casca áspera de uma árvore antiga. Não havia saída fácil.

A criatura mais próxima soltou um grunhido gutural, um som seco e disforme, como se a própria garganta tivesse sido rasgada. A boca se abriu em um ângulo anormal, revelando dentes irregulares e afiados, alguns quebrados, outros completamente ausentes. Ela farejou o ar, detectando o cheiro de sua presa. Os outros a seguiram, formando um semicírculo ao redor de Ricardo, bloqueando qualquer possibilidade de fuga.

Ele cerrou os punhos, sentindo a energia pulsar dentro de si, um calor estranho e instintivo que crescia cada vez mais forte. Era como se algo profundo, primal, estivesse despertando.

Os monstros avançaram.

Ricardo agiu sem pensar. Seu corpo reagiu sozinho, movido por reflexos que ele mal compreendia. Em um único movimento, ele girou o corpo, impulsionando sua perna em um chute poderoso. Seu pé acertou em cheio o peito da criatura mais próxima, lançando-a para trás com uma força brutal. O impacto fez um som seco, como ossos se partindo sob imensa pressão.

Mas isso não os deteve.

As outras avançaram, suas mãos esqueléticas e deformadas se estendendo para agarrá-lo. Ricardo desviou do primeiro golpe, seu corpo movendo-se de forma ágil e precisa. Ele agarrou o pulso de um dos monstros e o torceu em um ângulo impossível, arrancando um urro grotesco da criatura. Sem hesitar, seu outro punho se fechou e desferiu um soco direto na têmpora do ser, afundando seu crânio como se fosse papel molhado.

Mas eles continuavam vindo.

Uma mão gelada se fechou em seu braço, unhas sujas cravando em sua pele. Ricardo girou e, num impulso de pura força, ergueu a criatura do chão antes de lançá-la contra uma árvore próxima. O som do impacto ecoou na floresta.

Respirando pesadamente, ele se afastou, o suor misturando-se à lama em sua pele. Os monstros estavam caídos ao seu redor, alguns imóveis, outros ainda contorcendo-se em espasmos fracos.

Então, o silêncio caiu.

Por um instante, Ricardo apenas ficou ali, sentindo seu próprio peito subir e descer. Algo dentro dele estava mudando. Ele sentia a força crescente em seus músculos, o pulso enérgico de algo novo e desconhecido dentro dele. Mas não havia tempo para questionar isso agora.

Ele precisava continuar.

O vento soprou através das árvores, carregando consigo um som distante. Um som diferente dos grunhidos das criaturas. Era um som humano. Um eco de vozes.

Alguém mais estava ali.

Ricardo estreitou os olhos e começou a se mover. A floresta se tornava cada vez mais densa, os galhos retorcidos parecendo dedos esqueléticos estendendo-se para agarrá-lo. Mas ele seguiu em frente, guiado pelo som.

Os sussurros cresciam.

E então ele viu.

Adiante, uma estrutura surgia entre as árvores. Um prédio de concreto abandonado, coberto de musgo e vegetação selvagem. As janelas estavam quebradas, e a ferrugem cobria as grades metálicas das portas. Mas o mais estranho era a luz fraca e trêmula que piscava em seu interior.

Ricardo hesitou. O instinto o alertava. Algo ali dentro não estava certo.

Mas ele não tinha escolha.

Respirando fundo, ele deu o primeiro passo em direção ao prédio, desaparecendo na escuridão que o envolvia.

Darkness Calls Chapter 1, Episode 4




O SOM DAS RUÍNAS - Diogo “Zero” Martins


 "O Som das Ruínas"

O vento assobia entre as janelas partidas,
um lamento antigo que ninguém escuta.
Os passos ecoam no chão rachado,
fantasmas de um tempo que já não volta.

O metal enferrujado canta memórias,
máquinas caladas sussurram segredos.
As paredes, cobertas de pó e silêncio,
guardam gritos que nunca chegaram ao fim.

Aqui, onde o passado se desfez em cinzas,
o som das ruínas ainda ressoa.
Porque nada morre de verdade
enquanto houver ecos na escuridão.


O SOM DAS RUÍNAS - Diogo “Zero” Martins



QUANDO O CÉU CALA - Eliã Luz

"Quando o Céu Cala – A Voz do Silêncio de Deus" Mensagem de fé, confiança e maturidade espiritual Há momentos na vida em que o c...