"Ganges Elétrico"
Ruas vibram em néon, respiração de um deus digital.
Mantras dissolvem-se no ar, misturados com distorção e batidas sujas.
A água sagrada reflete hologramas de promessas nunca cumpridas.
O passado dança com o futuro ao som de circuitos queimados.
No fumo dos incensos e dos cabos em curto,
almas buscam redenção numa frequência perdida.
Aqui, entre rezas e sintetizadores,
o sagrado e o sintético tornam-se um só.
O destino é um fluxo elétrico,
e nós apenas faíscas na corrente.
GANGES ELÉTRICO - Diogo “Zero” Martins
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