"Cicatriz de Neon" é mais do que uma música — é um retrato cru e luminoso da contradição humana. Nela, as luzes artificiais da cidade não são apenas decoração noturna, mas máscaras cintilantes que escondem a dor real, profunda e quase invisível para quem passa rápido demais. É sobre as marcas que não se apagam, sobre a ferida que brilha para não parecer ferida, sobre como o mundo urbano transforma sofrimento em estética.
A canção leva o ouvinte para ruas molhadas pelo reflexo das luzes, onde cada passo ecoa lembranças e onde o silêncio se disfarça com o ruído do trânsito. É também sobre a resistência silenciosa de quem, mesmo quebrado, continua a andar, vestindo o brilho do neon como armadura. Há um peso emocional em cada verso, um convite para olhar por trás da beleza superficial, para perceber que nem tudo o que reluz é felicidade.
No fim, "Cicatriz de Neon" é sobre reconhecer a beleza nas imperfeições e entender que as marcas que carregamos — visíveis ou não — fazem parte da nossa identidade. É um lembrete de que nem toda luz ilumina; algumas apenas ofuscam, e é preciso coragem para enxergar além.
Cicatriz de Neon - Diogo Zero Martins


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