terça-feira, 30 de setembro de 2025

Língua dos Perdidos - Lourenço Verissimmo


Mensagem sobre a música 🎵 “Língua dos Perdidos” – do álbum Raízes Queimadas

Há uma língua que nunca foi escrita. Uma linguagem que não aparece em dicionários nem é ensinada nas escolas, mas que se aprende na pele, no olhar, nos gestos curtos e nos silêncios longos. Essa é a Língua dos Perdidos. Ela nasce nos bairros esquecidos, nas vielas onde a polícia entra tarde demais, nas escadas partidas dos prédios sem futuro. É a língua dos que cresceram sem garantias, mas com códigos próprios — onde um aceno pode significar “cuidado” e um olhar firme é mais forte que um grito.

Esta música é um tributo a todos aqueles que falam com os olhos e escutam com o corpo. Que usam a arte do improviso para se proteger, para comunicar, para sobreviver. Gente que não aprendeu com livros, mas com a vida crua e sem filtro. Os perdidos aqui não são fracos — são invisíveis por fora, mas gigantes por dentro.

“Língua dos Perdidos” é sobre a beleza de uma cultura que nasce do caos, que transforma dor em código, abandono em resistência. É a gíria do desalento, o dialeto da coragem, a poesia clandestina dos que foram deixados para trás. Porque enquanto houver um só miúdo a falar com o coração na ponta da língua, esta língua continuará viva — mesmo que o mundo insista em não a ouvir.

Isto não é apenas música. É identidade.
É uma tatuagem verbal gravada no betão dos bairros.
É a prova de que, mesmo sem voz oficial, os esquecidos continuam a dizer tudo.

Língua dos Perdidos - Lourenço Verissimmo




 

segunda-feira, 29 de setembro de 2025

Legado de Ferro Velho - Lourenço Verissimmo


Mensagem longa para a música “Legado de Ferro Velho”

Há lugares onde o tempo não passa — ele empilha.
Empilha memórias, pedaços de metal enferrujado, palavras que nunca chegaram a ser ditas.
Ali, entre rodas partidas e motores calados, jaz o eco de um país que prometeu muito e entregou pouco.

"Legado de Ferro Velho" não é apenas uma música, é uma denúncia em forma de batida.
É um retrato cruel, porém real, daquilo que foi deixado para trás por políticas esquecidas, por um sistema que descartou os seus como peças obsoletas.
São famílias que herdaram dívidas, casas por terminar, sonhos descontinuados — uma herança sem brilho, feita de pó e abandono.

Cada verso é uma chave inglesa lançada contra a indiferença.
Cada som é uma faísca que tenta reacender a dignidade apagada.
É sobre filhos que herdaram o silêncio dos pais, sobre bairros onde o único som é o ranger do ferro nas oficinas clandestinas.
É sobre um povo que aprendeu a construir castelos com os destroços, a fazer arte com a sucata da sua história.

Mas não é apenas lamento — é resistência.
Porque até o ferro velho guarda valor.
Porque há força naquilo que sobrevive ao esquecimento.
Porque este legado, embora pesado, é também a base para reconstruir — e há quem não aceite mais viver como resto de uma promessa mal cumprida.

Esta faixa é para os que lutam com as mãos sujas e o coração limpo.
Para os que não têm herança material, mas carregam no peito a coragem de recomeçar do zero.
É para quem transforma sucata em escudo, e dor em discurso.
É o hino de quem, mesmo sem nada, insiste em existir com tudo.

"Legado de Ferro Velho" não é fim.
É ponto de partida.
É grito rouco, mas verdadeiro.
É ferro retorcido que, um dia, será arma de criação.

Legado de Ferro Velho - Lourenço Verissimmo




 

domingo, 28 de setembro de 2025

Património em Cinzas - Lourenço Verissimmo


Mensagem para a música “Património em Cinzas”

Há lugares que falam sem precisar de vozes. São edifícios antigos, ruas esquecidas, praças onde o riso já não ecoa. Eram o orgulho de um povo, o símbolo de batalhas vencidas, de conquistas comunitárias, de histórias contadas à volta de uma mesa ou nas esquinas ao final da tarde. Mas hoje, esses espaços estão calados. Apagados. Em ruínas.

“Património em Cinzas” não é só sobre tijolos partidos ou janelas partidas — é sobre identidade arrancada ao longo do tempo, negligenciada pelas mãos que deveriam cuidar, proteger, preservar. É sobre ver o passado a desfazer-se em pó enquanto o presente caminha por cima, apressado e alheio. É um lamento, mas também um chamado.

Porque o que ardeu ainda pode ser lembrado. O que ruiu ainda pode ser contado. A memória dos antigos — dos que ergueram com esforço o que hoje desaba — é semente para reconstrução. Mas antes de erguer, é preciso reconhecer o que se perdeu. Honrar as paredes que viram nascimentos, partidas, resistências. Ouvir os ecos do que fomos, para que não desapareçamos completamente.

Este tema é uma oração urbana, um fado de concreto, uma elegia a tudo o que nos moldou e que agora está coberto de pó. Que não nos resignemos. Que olhemos as cinzas com olhos de futuro. Porque há beleza até nas ruínas, se soubermos escutá-las.

– "As pedras sabem mais de nós do que qualquer discurso bonito. Elas carregam as lágrimas, as lutas e os sonhos de quem já não está."

Património em Cinzas - Lourenço Verissimmo




 

sábado, 27 de setembro de 2025

Rotas Clandestinas - Lourenço Verissimmo


🎙️ Mensagem para a música “Rotas Clandestinas”

Há caminhos que não aparecem em mapas, rotas que se desenham na urgência da fuga e na esperança do invisível. "Rotas Clandestinas" é o grito silencioso de quem não teve escolha, de quem aprendeu a andar nas sombras para escapar da luz que julga, persegue ou ignora.

Esta música não é só sobre ruas escondidas ou fronteiras porosas — é sobre a coragem crua de quem arrisca tudo por um pedaço de dignidade. É sobre mães que embalam os filhos com medo nos olhos e fé nas pernas, sobre jovens que carregam sonhos proibidos nos bolsos rasgados e sobre comunidades inteiras que sobrevivem na margem, enquanto o mundo gira no centro.

Em cada verso há um suspiro camuflado, em cada batida o eco de passos que evitam sirenes. Não são criminosos — são sobreviventes. Não são fantasmas — são vidas que se movem onde o Estado falha, onde os direitos não chegam e onde a humanidade ainda insiste em florescer.

"Rotas Clandestinas" não é uma exaltação da ilegalidade, mas uma denúncia poética da desigualdade que força essas escolhas. É um retrato urbano de quem vive à margem da proteção e da justiça, mas ainda caminha com cabeça erguida. É resistência em forma de melodia.

Porque enquanto houver muros, haverá quem procure brechas. E enquanto houver brechas, haverá quem cruze. Esta música é para eles — os que caminham sem serem vistos, mas que precisam ser ouvidos.

🎧 Escuta com o coração, não só com os ouvidos.

Rotas Clandestinas - Lourenço Verissimmo




 

sexta-feira, 26 de setembro de 2025

Muros com Raízes - Lourenço Verissimmo


Mensagem sobre “Muros com Raízes”

Há bairros onde as paredes falam — mas poucos sabem escutar.

“Muros com Raízes” é mais do que uma canção: é uma declaração silenciosa daquelas vidas que foram cimentadas em concreto, esquecidas por cima e por dentro. Cada bloco de betão conta a história de um avô que chegou do interior à procura de pão, de uma mãe que criou filhos entre paredes húmidas, de um jovem que sonha alto mas vive num rés-do-chão sem vista.

Nestes bairros, os muros têm raízes — profundas, trincadas, feitas de perdas e tentativas. São raízes que não se veem nas estatísticas nem nas visitas políticas de véspera de eleições. São raízes que se entranham no chão, no costume, no sotaque, na saudade. Crescer ali é viver num mundo à parte, onde os livros escolares falam de um país que não reconhecemos, mas os muros, esses, contam tudo: do primeiro amor ao luto, do orgulho ao silêncio.

A letra desta música ressoa com todos os que já se sentiram invisíveis, que foram ensinados a sobreviver e não a sonhar. Mas também é um grito de permanência. Porque mesmo que tentem apagar, reformar ou demolir, há memórias que se recusam a desaparecer. Há lares que foram construídos com mais força do que qualquer plano urbanístico.

Esta faixa é um tributo às vozes abafadas, às janelas fechadas com esperança e às histórias escritas à mão nas paredes do bairro.
Porque há lugares onde se vive com pouco, mas se sente com tudo.
E há raízes que, mesmo sufocadas, continuam a crescer.

Muros com Raízes - Lourenço Verissimmo




 

quinta-feira, 25 de setembro de 2025


Mensagem inspirada na música “Vozes que Não Contam” – do álbum Desligados do Mapa

Na arquitetura esquecida dos bairros periféricos, entre os vãos dos prédios cinzentos e os grafitis rasgados pela chuva, há vozes. Vozes que não aparecem em jornais, que não seguram microfones, que não têm assento em parlamento nenhum — mas que existem. Gritam em silêncio. São os ecos de histórias jamais colhidas, de dores que não encontram escuta, de vidas que se desenrolam nos bastidores da sociedade dita civilizada.

“Vozes que Não Contam” é um tributo a todos os que foram calados sem algemas. Aos que aprenderam a esconder o choro para não parecerem fracos. Aos que viraram estatísticas antes de virarem adultos. Aos que carregam no peito cicatrizes que o Estado nunca reconheceu. É também uma chamada de atenção, um espelho empurrado à força na cara de um país que se finge cego perante os seus próprios fantasmas.

Cada verso desta música foi escrito como quem recolhe testemunhos de rua – fragmentos de vidas que se cruzam nas paragens de autocarro, nos corredores das escolas sem verbas, nos bares improvisados entre barracões, nos olhares baços de quem perdeu a fé mas ainda caminha. Esta canção é uma espécie de arquivo emocional, onde cada linha é uma voz soterrada sob o ruído de uma cidade que finge não ouvir.

Mas elas estão lá. Sempre estiveram.

No barulho de uma porta a fechar porque o despejo chegou.
No som de uma panela a ferver com o pouco que há.
Na gargalhada forçada de quem tenta esquecer que está desempregado há anos.
Nos passos apressados da mãe que leva os filhos à escola e depois corre para o subemprego.
Na batida forte que vem do quarto do adolescente que escreve rimas para não enlouquecer.

Estas vozes talvez não contem para quem distribui poder ou recursos, mas contam – e muito – para quem ainda insiste em resistir. E enquanto houver arte, haverá forma de amplificá-las.

Este álbum, Desligados do Mapa, não é um protesto vazio. É um manifesto vivo. É sobre dar corpo e volume a essas vozes que não contam, mas que carregam o peso do país inteiro.

E se tu estás a ler isto e sentes que a tua voz nunca foi ouvida: esta canção é para ti.
Tu és a batida que ainda pulsa.
Tu és o som que não se cala.
Tu és parte do coro que vai acabar por ser escutado.

Porque cada palavra não dita também é uma forma de resistência.
E hoje, elas vão ecoar.
Hoje, nós ouvimos.

Vozes que Não Contam - Lourenço Verissimmo




 

quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Território Fantasma - Lourenço Verissimmo


Mensagem sobre a música "Território Fantasma"

Vivemos num país feito de contrastes profundos, onde há zonas que brilham com luz artificial e outras que permanecem mergulhadas numa sombra persistente. “Território Fantasma” fala dessas zonas — geografias esquecidas, bairros que não aparecem nos postais, comunidades enterradas nos mapas da indiferença. São pedaços do país onde o Estado não chega, mas onde a vida, contra todas as probabilidades, continua a florescer.

Este território é fantasma porque não é reconhecido oficialmente. Porque não há investimento, não há infraestrutura, não há respostas. Mas é real, e o povo que lá vive também. São famílias que erguem a dignidade em casas improvisadas, que constroem comunidade num ambiente de hostilidade e abandono. São jovens que crescem com o som das sirenes em vez de embalos, com os muros pintados de revolta e sonhos guardados no peito como munição de esperança.

A música não é um lamento apenas. É também uma denúncia. Um grito contra o silêncio. É a lembrança de que o que não é visto não deixa de existir. “Território Fantasma” é um espelho onde o país deve olhar e reconhecer a sua responsabilidade histórica, política e social. Porque enquanto houver um só quarteirão esquecido, uma só rua sem saída onde a injustiça faz morada, a democracia estará incompleta.

Esta faixa não pede piedade. Pede mudança. Grita para ser ouvida nos gabinetes fechados, nas redações distraídas, nas conversas conformadas. É a voz de quem sobrevive por instinto, mas sonha com mais do que apenas sobreviver. É a alma de um povo que não desaparece mesmo quando é apagado dos planos, dos discursos e das estatísticas.

“Território Fantasma” é a prova de que nas sombras também há vida. E que essa vida, por mais invisível que seja aos olhos do poder, merece ser honrada, defendida e celebrada. Porque nenhuma nação é verdadeiramente livre se deixa parte do seu povo viver entre escombros e esquecimento.

Território Fantasma - Lourenço Verissimmo




 

terça-feira, 23 de setembro de 2025

Depois da Tempestade - Ricardo Verissimo


Mensagem sobre “Depois da Tempestade” – Ricardo Veríssimo

Há momentos na vida em que tudo parece ruir ao nosso redor — os ventos da incerteza sopram forte, a chuva das dores passadas cai sem cessar, e o trovão das perdas grita no fundo do peito. “Depois da Tempestade” nasce desse lugar sombrio, mas também do instante exato em que, entre os escombros emocionais, uma pequena luz se acende e um sopro de vida atravessa os pulmões feridos.

Essa música é um convite ao recomeço, mesmo quando o cansaço pesa e o ar ainda carrega os ecos da tempestade. É sobre aquela primeira respiração depois do choro contido. Sobre as mãos trêmulas que, mesmo cansadas, insistem em reconstruir. Sobre o coração partido que, aos poucos, aprende a pulsar num novo ritmo.

Ricardo Veríssimo traduz aqui a profundidade de quem viveu suas próprias tempestades e aprendeu a dançar sob a chuva, não porque ela passou, mas porque encontrou força dentro da própria fragilidade. A canção não fala de redenção mágica nem de finais felizes prontos. Fala de processos, de silêncios respeitados, de esperança sem pressa. É uma ode à persistência emocional, à resiliência invisível de quem segue, mesmo sem aplausos.

“Depois da Tempestade” lembra que a dor não precisa ser negada — ela pode ser transformada. Que o céu nublado também tem poesia. E que às vezes, o mais bonito do recomeço é que ele acontece sem alarde, quando a gente menos espera, apenas porque escolheu continuar.

Essa canção é para todos que carregam cicatrizes como mapas de guerra. Para quem sobreviveu às próprias tempestades e ainda assim tem coragem de amar, sonhar e respirar… mesmo quando o ar ainda dói.

Depois da Tempestade - Ricardo Verissimo




 

segunda-feira, 22 de setembro de 2025

Chão de Estrelas Mortas - Ricardo Verissimo


Mensagem sobre “Chão de Estrelas Mortas” – Ricardo Veríssimo

Há sonhos que se apagam lentamente, como estrelas que um dia brilharam intensamente no céu da nossa existência. Eles não explodiram em fúria nem sumiram de repente — apenas se apagaram em silêncio, deixando um rastro de brilho antigo, uma memória que insiste em ficar. “Chão de Estrelas Mortas” é uma homenagem a esses fragmentos de esperança que um dia iluminaram o caminho, mas que hoje jazem sob os nossos pés como lembranças quase esquecidas.

Ricardo Veríssimo, com sua sensibilidade única, transforma o silêncio dessas ausências em poesia crua. Nesta canção, ele nos convida a caminhar sobre essas estrelas extintas, não como quem pisa em ruínas, mas como quem reconhece a beleza do que foi e, ainda assim, segue adiante. É um lamento suave e ao mesmo tempo profundo, que toca na ferida de quem já acreditou, já sonhou alto, já desejou o impossível — e que hoje caminha com um brilho apagado no olhar, mas ainda carrega dentro de si a memória do céu.

“Chão de Estrelas Mortas” não é uma canção de derrota. É uma canção de maturidade. Fala sobre o peso dos sonhos que não se realizaram, das promessas que se perderam no tempo, mas também da força que nasce do reconhecimento dessa perda. Porque até o que não aconteceu molda quem somos. Até os sonhos que morreram continuam a nos iluminar, mesmo com sua luz apagada.

Essa música é um abraço silencioso em todos que carregam ausências no peito. É sobre aprender a caminhar sem aquilo que um dia nos movia, sobre respeitar a dor do que se perdeu, e ainda assim continuar — com passos firmes, com coração aberto, com a certeza de que mesmo o que terminou tem o seu valor. Porque há beleza no que foi, há dignidade no que ficou pelo caminho, e há poesia até no silêncio das estrelas que já não brilham.

Chão de Estrelas Mortas - Ricardo Verissimo






 

domingo, 21 de setembro de 2025

Inverno Interno - Ricardo Verissimo


Mensagem para "Inverno Interno" – Uma estação emocional que parece não ter fim

Todos nós, em algum momento da vida, atravessamos um inverno que não se anuncia nas folhas caídas ou no frio do vento, mas sim dentro da alma. Um tempo suspenso, onde a luz parece distante e as emoções se congelam, tornando cada passo um esforço e cada amanhecer uma repetição cinzenta do ontem.

"Inverno Interno" não é apenas uma canção — é uma travessia emocional. Ela nasce do silêncio que grita dentro de quem já amou e perdeu, de quem já sonhou e acordou em ruínas, de quem carrega o peso do tempo e da memória. Essa música fala das noites longas onde o mundo lá fora continua, mas o mundo aqui dentro para. Ela traduz a solidão que não se cura com companhia e o vazio que não se preenche com palavras.

Mas mesmo nos invernos mais longos, existe uma semente de esperança enterrada no gelo. E é disso que essa faixa também fala: da resiliência de quem continua mesmo sem direção, de quem chora e ainda assim acorda, de quem aprende a conviver com a ausência como parte do caminho.

"Inverno Interno" é uma homenagem a todos que sobrevivem aos seus próprios silêncios, que abraçam suas sombras e, mesmo sem saber, continuam escrevendo a sua história. Porque, no fundo, mesmo que demore, toda estação muda. E por trás da dor que parece eterna, há sempre uma possibilidade de renascimento. Uma primavera tímida, talvez. Um raio de luz insistente. Um recomeço.

Essa música é tua, se algum dia sentiste que ninguém te ouvia. É para ti, se alguma vez o teu mundo congelou. Que ela te lembre: ainda que o inverno dure, tu também duras. E isso é poesia. Isso é força. Isso é vida.

Inverno Interno - Ricardo Verissimo




 

sábado, 20 de setembro de 2025

Sombras do Meu Nome - Ricardo Verissimo



Mensagem – “Sombras do Meu Nome”

Há momentos na vida em que não lutamos contra o mundo, mas contra o reflexo que nos encara no espelho. “Sombras do Meu Nome” nasce desse campo de batalha íntimo, onde cada passo à frente é acompanhado pelo eco de quem já fomos — versões antigas, desgastadas, moldadas por erros, culpas e marcas que insistem em permanecer.

Esta música é um retrato cru e honesto de uma guerra silenciosa: aquela contra os fantasmas que carregamos dentro. É sobre as vezes em que o passado tenta nos puxar para trás, sussurrando que não merecemos a mudança, que não somos mais do que as quedas que tivemos. Mas também é sobre a força que surge quando, mesmo tremendo, escolhemos enfrentar esses espectros internos.

Ao longo da canção, cada verso é um diálogo com a própria história — não para apagá-la, mas para aceitar que ela existe, aprender com ela e seguir. As “sombras” do título não são apenas escuridão; elas são também moldes, lembrando que a luz só se projeta onde há algo sólido para interceptá-la.

“Sombras do Meu Nome” é, no fundo, uma jornada de libertação. É para quem já se sentiu aprisionado por sua própria imagem, para quem já carregou arrependimentos como correntes. É o grito mudo que, finalmente, encontra som. É o instante em que reconhecemos: não somos apenas aquilo que nos feriu — somos também tudo o que conseguimos superar.

É um hino para os que continuam a lutar, mesmo quando a luta é contra si mesmos. Porque, no fim, é encarando as sombras que se descobre uma nova luz.

Sombras do Meu Nome - Ricardo Verissimo




 


Acordeão, Meu Companheiro - A Rainha do Pimba

A Música Que Vibra Com a Alma do Povo Há sons que não se ouvem apenas — sentem-se. O acordeão é desses sons: quando ele ecoa no ar, ele não...