Mensagem sobre “Depois da Tempestade” – Ricardo Veríssimo
Há momentos na vida em que tudo parece ruir ao nosso redor — os ventos da incerteza sopram forte, a chuva das dores passadas cai sem cessar, e o trovão das perdas grita no fundo do peito. “Depois da Tempestade” nasce desse lugar sombrio, mas também do instante exato em que, entre os escombros emocionais, uma pequena luz se acende e um sopro de vida atravessa os pulmões feridos.
Essa música é um convite ao recomeço, mesmo quando o cansaço pesa e o ar ainda carrega os ecos da tempestade. É sobre aquela primeira respiração depois do choro contido. Sobre as mãos trêmulas que, mesmo cansadas, insistem em reconstruir. Sobre o coração partido que, aos poucos, aprende a pulsar num novo ritmo.
Ricardo Veríssimo traduz aqui a profundidade de quem viveu suas próprias tempestades e aprendeu a dançar sob a chuva, não porque ela passou, mas porque encontrou força dentro da própria fragilidade. A canção não fala de redenção mágica nem de finais felizes prontos. Fala de processos, de silêncios respeitados, de esperança sem pressa. É uma ode à persistência emocional, à resiliência invisível de quem segue, mesmo sem aplausos.
“Depois da Tempestade” lembra que a dor não precisa ser negada — ela pode ser transformada. Que o céu nublado também tem poesia. E que às vezes, o mais bonito do recomeço é que ele acontece sem alarde, quando a gente menos espera, apenas porque escolheu continuar.
Essa canção é para todos que carregam cicatrizes como mapas de guerra. Para quem sobreviveu às próprias tempestades e ainda assim tem coragem de amar, sonhar e respirar… mesmo quando o ar ainda dói.
Depois da Tempestade - Ricardo Verissimo


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