Mensagem – Eco de Um Amor Antigo
Há amores que se escrevem devagar,
Com letras invisíveis que só o coração reconhece.
São feitos de olhares que duraram segundos,
Mas deixaram marcas que resistem a toda uma vida.
“Eco de Um Amor Antigo” fala precisamente disso:
De uma presença ausente que, mesmo distante, ainda se sente perto.
De alguém que partiu — não por mágoa, nem por erro —
mas porque a vida quis assim.
É um amor que o tempo não apagou.
Que nenhuma distância conseguiu desfazer.
É aquele nome que surge, inesperadamente,
no silêncio das madrugadas ou no cheiro da chuva que cai.
Um amor que já não se toca, mas que ainda se ouve…
nos ecos que o fado sabe traduzir melhor do que qualquer explicação.
Este fado não chora um fim.
Canta uma eternidade secreta.
É a certeza de que o amor verdadeiro não precisa estar presente para existir.
Ele persiste na memória, nos lugares por onde andaram juntos,
nos sons que partilharam, nas ruas que agora parecem vazias.
Duarte Marçal dá voz a esta saudade com a gravidade que só um homem marcado sabe carregar.
A sua interpretação não é grito nem desespero.
É aceitação.
É o sussurro de quem entendeu que certas pessoas não voltam,
mas nunca nos deixam verdadeiramente.
Neste fado, cada palavra é uma pétala caída,
cada acorde é o reflexo de um amor que nunca morreu.
E quem escuta reconhece-se.
Porque todos, um dia, tivemos um amor antigo
que ainda ecoa dentro de nós… mesmo que em silêncio.
Eco de Um Amor Antigo - Duarte Marçal


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