Mensagem sobre “A Voz que Não Calou”
Há momentos na vida em que o silêncio pesa mais que mil palavras. Em que engolimos verdades por medo, por dor ou por não sabermos como o mundo reagiria. Mas chega um instante — um ponto de ruptura — em que a alma já não suporta carregar o que ficou preso por tanto tempo. “A Voz que Não Calou” é o retrato desse instante.
Essa música fala sobre coragem: a de romper o silêncio, a de olhar nos olhos dos próprios fantasmas e, finalmente, gritar. Um grito que não precisa ser alto, mas que é real. Um grito que não é sobre raiva, mas sobre libertação. Que não é sobre causar dor, mas sobre curar a sua.
Quantos de nós andamos pelas ruas com palavras sufocadas na garganta? Quantas histórias ainda vivem escondidas por trás de olhares baixos e sorrisos quebrados? Essa canção nasce da urgência de dar voz ao que ficou calado por tempo demais — traumas, injustiças, amores perdidos, identidades reprimidas, desejos nunca confessados.
Ela é dedicada aos que foram silenciados pela sociedade, pelo medo, pela família ou por si mesmos. É uma ode àqueles que, mesmo tremendo por dentro, encontraram força para se expressar. Que fizeram da própria dor um microfone, do peito uma caixa de ressonância, da alma um manifesto.
“A Voz que Não Calou” é um lembrete de que falar — mesmo que seja aos poucos, mesmo que a voz falhe — é um ato de amor-próprio. E que ao encontrar sua voz, você pode, aos poucos, ajudar outros a encontrarem a deles também.
Porque toda dor que se transforma em palavra já é, em si, um começo de cura.
A Voz que Não Calou - Ricardo Verissimo


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