"Linha Fantasma"
O comboio chega sem pressa, mas ninguém desce.
As portas abrem para um vazio que já não espera nada.
As janelas refletem apenas névoa, como olhos que esqueceram o que era ver.
A estação respira poeira e ferrugem.
Os altifalantes anunciam destinos apagados.
Os bancos guardam histórias que nunca tiveram fim.
Lá fora, a cidade acende-se e apaga-se, indiferente.
Mas aqui, entre os trilhos esquecidos, o tempo parou à espera de um passageiro que nunca chegou.
LINHA FANTASMA - Diogo “Zero” Martins
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